Congelamento de Óvulos
O adiamento da maternidade é um fenômeno que tem se tornado cada vez mais comum na sociedade contemporânea. Muitas mulheres optam por postergar a gravidez para uma idade mais avançada devido a várias razões e fatores, como a busca por se estabelecerem em suas carreiras profissionais e adquirir independência financeira antes de se tornarem mães.
Os avanços na medicina reprodutiva permitem que as mulheres tenham mais controle e autonomia sobre o seu planejamento reprodutivo. Apesar do envelhecimento natural de todas as células e também dos tão preciosos óvulos, através do congelamento de óvulos é possível preservar esse potencial fértil para uso futuro, caso haja necessidade.
Além da preservação social da fertilidade, o congelamento pode ser também indicado para mulheres com doenças benignas potencialmente nocivas à sua reserva ovariana, como a endometriose.
Muitos tabus são colocados em torno desse tema, mas estamos aqui para desmistificá-los. Todo o tratamento de congelamento de óvulos dura em média 15 dias, não limita as atividades diárias, geralmente cursa com nenhum ou poucos efeitos colaterais e o procedimento oferece baixíssimos riscos de complicação. As etapas envolvem:
- Estimulação ovariana: A mulher é submetida a um tratamento hormonal para estimular seus ovários a produzirem múltiplos óvulos em um ciclo menstrual. O objetivo é obter a maior quantidade óvulos possível, mantendo a segurança para a paciente. A resposta ovariana é monitorada de perto por meio de ultrassonografias.
- Coleta de óvulos: Quando os óvulos estão maduros, eles são captados por meio de um procedimento minimamente invasivo chamado punção folicular, realizado e guiado por ultrassom transvaginal e sob anestesia geral leve.
- Criopreservação de óvulos: Os óvulos maduros são, então, congelados em nitrogênio líquido.
É importante discutir com um médico especialista em reprodução assistida opções que deem luz à autonomia reprodutiva da mulher e que aliviem o peso social imposto sobre a maternidade.